O projeto Escola de Samba Mirim Semente do Samba surge com a intenção de agregar em seu bojo, uma série de atividades culturais interligadas, através de oficinas nas zonas períféricas da cidade. Ao optar pelo carnaval de rua como pano de fundo do trabalho, o projeto possibilita o acesso de crianças aos elementos da música, artes plásticas, dança, teatro, brincadeiras e história, uma vez que todos eles estão presentes na formação de uma escola de samba. 

 Dessa forma, a iniciativa agrega elementos culturais, conscientização ambiental, e formação social, atendendo aspectos determinados pelo  Estatuto da Criança e do Adolescente , conforme a Lei 8.069/90, a qual prevê que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência comunitária. Assegurar ainda, a liberdade da criança e do adolescente compreendendo o aspecto de poder brincar, ter acesso aos bens  culturais, afim de tornar-se uma pessoa realizada e feliz.
    No que diz respeito à história, Passo Fundo mantém uma ligação com o carnaval de rua que remonta ao início do século passado com o surgimento do Clube Visconde do Rio Branco. A participação das crianças no projeto é uma forma de  resgatar e, ao mesmo tempo, preservar e fortalecer esse universo cultural.  Como a cidade conta atualmente com apenas cinco escolas de samba, a pulverização do projeto pelos  bairros amplia consideravelmente a participação de diversas comunidades no evento. 
  O envolvimento, que inicia ao longo do ano através das oficinas, tanto para as crianças, como também para o público  adulto,  possibilita que essas comunidades sintam-se verdadeiramente representadas e presentes na cultura carnavalesca.
 Com relação ao meio ambiente, todas as fantasias e alegorias foram elaboradas com a utilização de material reciclável, os envolvidos participam ativamente e coletivamente de um processo de preservação do meio ambiente. Durante o andamento das oficinas, os  núcleos  se responsabilizam pela coleta de materiais recicláveis, tais como garrafas pet, tampinhas, latas de refrigerante, sacolas plásticas, caixas de leite, papelão, entre outros.
  A necessidade de  reunir esses materiais para as oficinas, faz com que familiares e amigos dos alunos se envolvam indiretamente no projeto. Objetos que teriam o lixo como destino, são devidamente separados e transformados em fantasias e alegorias. A reciclagem também está presente na bateria da Escola. Aproximadamente 80% dos instrumentos são confeccionados com material reciclável.
  A Semente do Samba, em seus dois anos de trabalho, atingiu mais de 600 crianças, além de se firmar como mecanismo de integração cultural nos bairros onde a participação de pais foi essencial. A escola abre o carnaval de rua de Passo Fundo.  


 

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